
FOTO: IMAGEM CRIADA EM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)
Eleição do novo pontífice deve começar em maio, na Capela Sistina, com participação de cardeais do mundo inteiro
Com a morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, inicia-se o período de “Sede vacante”, durante o qual o camerlengo administra temporariamente o Vaticano até a eleição de um novo papa. O conclave para escolher o sucessor de Francisco poderá começar a partir de 6 de maio de 2025, conforme as normas estabelecidas pela Igreja. O processo, marcado por rituais rigorosos e absoluto sigilo, será realizado na Capela Sistina, no Vaticano, e deverá ter início após o funeral do pontífice e o fim do período de luto oficial.
Seguindo o cronograma previsto pela Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, documento que regula a eleição do novo papa, a cerimônia reunirá cardeais com menos de 80 anos de idade, os únicos com direito a voto. Atualmente, são 129 os cardeais aptos a participar.
Durante o conclave, os cardeais eleitores são isolados no Vaticano, sem acesso a meios de comunicação, até que escolham um novo sucessor de Pedro. A votação é secreta e requer maioria qualificada — dois terços dos votos. Após cada escrutínio, as cédulas são queimadas: fumaça preta indica que não houve consenso; a branca, que um novo papa foi eleito.
A morte de Francisco, o primeiro pontífice latino-americano da história, abre um novo capítulo na Igreja, que buscará agora um líder capaz de dar continuidade — ou nova direção — às reformas pastorais e administrativas iniciadas por ele ao longo de seu pontificado, iniciado em 2013.
O camerlengo da Igreja, cardeal Kevin Farrell, é o responsável por administrar os assuntos temporários do Vaticano durante o período de Sede vacante. Ele também supervisiona os preparativos logísticos do conclave, incluindo a adaptação da Capela Sistina para receber os cardeais eleitores.
A escolha do novo papa será acompanhada de perto por fiéis, líderes políticos e religiosos de todo o mundo. As expectativas são altas quanto ao perfil do próximo pontífice, que herdará uma Igreja globalizada e confrontada por desafios contemporâneos — do combate à pobreza à crise de credibilidade diante de escândalos internos.
O último conclave ocorreu em 2013, após a renúncia de Bento XVI. À época, Jorge Mario Bergoglio foi eleito em apenas dois dias de votação. Analistas do Vaticano acreditam que o novo processo poderá ser mais demorado, dadas as divergências internas entre alas mais conservadoras e progressistas da Igreja.
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