A juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou, na tarde deste domingo (23), o cumprimento do mandado de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, após audiência de custódia realizada em Brasília. Em sua decisão, a magistrada afirmou não haver “qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais” responsáveis pela detenção, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a audiência, Bolsonaro confirmou ter mexido na tornozeleira eletrônica. Disse ter vivido “uma certa paranoia” entre sexta e sábado, que atribuiu à interação inadequada de medicamentos prescritos por diferentes médicos. O ex-presidente negou intenção de fuga e afirmou que não houve rompimento da cinta do equipamento. Sobre a vigília convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o local “fica a cerca de 700 metros” de sua residência, sem potencial para gerar tumulto que facilitasse eventual fuga.
O STF informou que o prazo para a defesa se manifestar sobre a violação da tornozeleira termina neste domingo às 16h30. Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma da Corte, em sessão virtual extraordinária convocada pelo ministro Flávio Dino, vai analisar o referendo da decisão que decretou a prisão preventiva.
Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal no sábado (22), sob a justificativa de risco de fuga. Segundo Moraes, o alerta gerado quando o ex-presidente utilizou uma solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica — na véspera da prisão — reforçou a necessidade da medida. A defesa chegou a solicitar prisão domiciliar humanitária, mas o pedido foi rejeitado.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus aguardam a análise dos últimos recursos pela Primeira Turma. O prazo para apresentação dos embargos finais termina neste domingo. Caso sejam rejeitados, a execução das penas — em regime fechado — poderá ocorrer nas próximas semanas.
Com informações da Agência Brasil.


















