O Brasil conquistou um resultado expressivo no AD Scientific Index 2026, divulgado em 16 de novembro. Entre os 25 pesquisadores mais bem classificados da América Latina na área de Ciências Químicas, 80% são brasileiros, reforçando o protagonismo do país na produção científica internacional. A liderança regional também expõe um recorte revelador: metade dos melhores químicos do continente trabalha em instituições de São Carlos, Araraquara e Campinas, consolidando o interior paulista como um dos ambientes mais férteis para o avanço da Química no Brasil.
Entre os destaques está o professor Elson Longo, referência global na área, professor emérito da UFSCar e diretor do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF/CEPID/FAPESP). Longo voltou a ocupar o 1º lugar na América Latina, posição que mantém pelo quarto ano consecutivo. O pesquisador atribuiu o reconhecimento ao trabalho colaborativo: “Nosso trabalho é resultado de pesquisas em parceria com cientistas do Brasil e do exterior”, afirmou.
O ranking revela ainda a força de instituições como USP, Unicamp, UNESP, UFSCar e UFSC, que concentram pesquisadores altamente citados e com forte impacto acadêmico. Nomes como Nelson Durán, Jairton Dupont, Marcos Eberlin, Alessandro Gandini, Edson Roberto Leite, Sidney Ribeiro, Adriana Zerlotti Mercadante e Vanderlan Bolzani integram a lista, reforçando a diversidade e excelência da Química brasileira.
Criado em 2021, o AD Scientific Index se diferencia de outros sistemas ao utilizar metodologia aberta, transparente e reprodutível, baseada em indicadores como h-index, i10-index e número de citações, considerando toda a carreira dos pesquisadores e também seu desempenho nos últimos cinco anos. A edição 2026 avaliou 2,6 milhões de cientistas e cerca de 24 mil instituições em 221 países, destacando-se pelo compromisso com princípios de ciência aberta e equidade.
O CDMF, sediado na UFSCar e apoiado pela FAPESP e pelo CNPq, atua na fronteira entre ciência e inovação tecnológica, desenvolvendo materiais avançados e formando pesquisadores que hoje figuram entre os mais influentes da América Latina. O desempenho brasileiro no ranking evidencia a importância de investimentos contínuos em pesquisa, formação e infraestrutura científica.
O ranking completo do AD Scientific Index 2026 para a área de Química na América Latina pode ser consultado no link divulgado pela organização.

















