O ex-prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, fez um desabafo em um grupo de WhatsApp nesta quarta-feira, 05, no qual criticou o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) e vereadores da época por terem reprovado suas contas referentes aos exercícios de 2015 e 2016. Na mensagem, Altomani afirmou ter sido “injustamente cassado” e declarou que pretende retornar à vida pública nas eleições de 2028.
No texto, o ex-prefeito afirmou que, durante sua gestão, o governo foi pressionado pelo Tribunal de Contas a implantar a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), mas teria resistido por considerar o tributo “mais um peso ao contribuinte”. “Resistimos, pois o povo não aguenta pagar tantas taxas e impostos sem o devido retorno do poder público. Então é uma balela a argumentação de renúncia de receitas por pressão dos órgãos controladores”, escreveu Altomani.
O político também mencionou o episódio dos sequestros de R$ 74 milhões realizados pelo Tesouro Nacional junto ao Banco do Brasil, referentes a repasses federais bloqueados por prestações não pagas, segundo ele, nas gestões anteriores dos petistas Newton Lima e Oswaldo Barba. “O Tribunal de Contas recomendou à Prefeitura que esses valores fossem lançados como despesas da nossa gestão, sem contabilização. Só pode ser recomendação de um conselheiro petista”, criticou.
Altomani atribuiu a reprovação de suas contas à influência política e ao ressentimento de parte do Legislativo. “Catorze vereadores, que não tiveram seus desejos atendidos por mim, seguiram a recomendação do TC e não aprovaram nossas contas”, disparou.
O ex-prefeito disse ainda que responde a sete processos de improbidade administrativa e um processo criminal, dos quais já teria vencido seis no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Falta um recurso em segundo grau movido pelo Ministério Público. Encerrando este último, recupero meus direitos injustamente cassados e volto ao jogo em 2028, se Deus quiser”, afirmou.
Paulo Altomani (PSDB) governou São Carlos entre 2013 e 2016 e teve suas contas rejeitadas pela Câmara Municipal com base em parecer desfavorável do TCE-SP. Desde então, o ex-prefeito trava uma disputa judicial para tentar reverter a decisão e retomar seus direitos políticos.

















