
O Hospital Amaral Carvalho (HAC) promoveu no último sábado (4) a terceira edição do Projeto Estrelinha, iniciativa criada para oferecer acolhimento e apoio emocional às famílias de crianças e adolescentes que faleceram durante o tratamento oncológico. O encontro reuniu profissionais da saúde, voluntários e familiares em um ambiente de reflexão, partilha e esperança.
Idealizado pela equipe de Oncologia Pediátrica do HAC, o projeto tem como propósito honrar a memória das crianças e reafirmar o compromisso do hospital com o cuidado humano e contínuo. “Preparamos tudo com muito amor, mostrando que o cuidado continua, mesmo após a perda. Nosso carinho e apoio permanecem com as famílias”, afirmou a oncopediatra Larissa Bueno Polis Moreira, coordenadora do setor.
Com o tema “Espiritualidade”, o evento contou com a presença da musicoterapeuta e psicoterapeuta corporal Jaciane Milani Finato, que conduziu uma reflexão sobre o luto e a importância da presença simbólica das crianças na memória e no afeto. “Foi um encontro emocionante, um momento de coragem e superação, que nos inspira a seguir em frente, ressignificando a dor”, disse.
A programação também teve momentos de leveza e alegria, conduzidos pelos palhaços do grupo voluntário Remédicos do Riso, que levaram mensagens de conforto, poesia e música. “Participar é sempre uma lição de amor e empatia. Aprendemos muito com as famílias que nos ensinam a transformar dor em força”, destacou Rogério Fabre, coordenador do grupo.
Para as famílias, o reencontro representa um passo importante na ressignificação do luto. “Foi um momento de libertação. Falar do meu filho e relembrar os momentos vividos faz bem”, contou Celia Virgínia de Mira, mãe da Estrelinha Lucas. Já Vanessa Pereira Honorato, mãe da Estrelinha Manuela, expressou gratidão: “Faz três anos que ela partiu, mas o hospital continua nos ajudando a superar.”
Mais do que um evento, o Projeto Estrelinha simboliza o compromisso do HAC com o cuidado integral, que ultrapassa o tratamento médico e alcança o coração das famílias, mantendo viva a memória das “estrelinhas mais brilhantes” que continuam iluminando suas vidas.