IBATÉ | Família clama Justiça pela morte de auxiliar produção; julgamento acontece nesta quinta-feira
Um assassinato ocorrido há mais de cinco anos, no dia 1º de abril de 2014, irá a julgamento nesta quinta-feira, 14, a partir das 9h, no Fórum de Ibaté, quando cinco acusados de matar Adenelson Silva ouvirão um veredito formado por um júri popular. Logo após o crime, o caso foi esclarecido pela equipe do delegado Gilberto de Aquino que respondia interinamente pela delegacia de Ibaté.
Adenelson, que era auxiliar de produção, mas fazia serviços de auxiliar de pedreiro, foi morto com um tiro nas costas e outro na cabeça, após ser espancado. Seu corpo foi deixado em um canavial próximo a uma granja, entre os Jardins Menzani e Jardim Icaraí, em Ibaté.
No início da tarde desta segunda-feira, 11, o São Carlos Agora entrevistou a agente de negócios Andreia da Silva, 32 anos, irmã de Adenelson. Emocionada, concedeu uma entrevista e não escondeu a tristeza pelo ocorrido.
“A família estará presente ao julgamento. E o nosso desejo é que sejam condenados e paguem pelo que fizeram. Que seja feita a vontade de Deus. Mataram uma boa pessoa, trabalhadora. O que mais entristece é que todos eram nossos conhecidos e três frequentavam a nossa casa”, disse, com profundo lamento.
Filho de Nelson e Aparecida, além de Andreia, Adenelson tinha ainda outra irmã, Adriana. Se fosse vivo, teria 35 anos.
“Era nosso irmão mais velho. Ajudava em tudo. Era o único filho homem. Ficou um vazio em nossa casa. Foram meses de muita dor e muita tristeza”, contou.
DOR PROFUNDA
A maneira violenta como Adenelson morreu causou profunda dor nos pais e nas irmãs. O motivo seria R$ 500, oriundo de uma dívida. “A vida vale pouco”, lamentou Andreia.
A tristeza foi ainda mais dolorida ao saber que um dos acusados, amigo de Adenelson, chegou a carregar o caixão onde estava seu corpo, a caminho do cemitério. “É muito dolorido. Saber que uma pessoa teve a coragem de carregar o corpo e sendo um dos acusados de matar meu irmão”, disse, mostrando um ar de revolta.
COBRAR UMA DÍVIDA
Indagada qual o motivo que Adenelson teria sido morto, Andreia acredita que foi um acerto de contas. “Meu irmão fez um trabalho para um dos acusados e cobrou R$ 500. Como trabalhou, queria receber e foi até a casa dele para cobrar”, disse.
Andreia lembra que no sábado, 30 de março, que antecedeu ao assassinato, Adenelson passou o dia com a família. A noite, um dos acusados foi até sua casa. “Foi quando vi pela última vez meu irmão com vida”.
No dia seguinte, domingo, 1º de abril de 2014, veio a triste notícia, ao tomar conhecimento que Adenelson foi encontrado morto. “Ficamos sem chão. Nosso mundo caiu. É uma dor que não tem como medir. Ela não acaba nunca. É uma lacuna que nunca será preenchida. Que meu irmãozinho querido descanse, sempre, em paz”, finalizou Andreia.
(Reportagem do portal São Carlos Agora)