SÃO CARLOS | Governo do Estado não inclui cidade na vacinação fracionada contra a febre amarela

 

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, informa que as unidades básicas e de saúde da família, disponibilizam doses da vacina contra a febre amarela durante o ano todo, portanto não é necessário correria.

Como São Carlos é considerada área de risco desde 2008, no fim do ano passado, por recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação foi intensificada no município com 5 mil doses extras. A prioridade foi para pessoas que iriam viajar para áreas de risco e moradores de regiões rurais, ribeirinhas e de mata.

“Desde 2008 quando foi registrado um óbito por febre amarela em São Carlos, todas as pessoas que aqui residem ou venham nos visitar tem que receber a vacina contra a febre amarela, porque São Carlos é município de recomendação permanente de vacinação contra a febre amarela”, orientou Kátia Spiller, chefe da Vigilância Epidemiológica.

Ainda de acordo com Spiller São Carlos nunca fez vacina fracionada contra a febre amarela, a dose aplicada é inteira. “Portanto as pessoas que residem ou tomaram a dose inteira da vacina contra a febre amarela podem viajar para as áreas de risco ou qualquer lugar do mundo porque a dose inteira protege por toda a vida”, finalizou.

Em média são aplicadas 4.200 doses mensalmente da vacina em São Carlos, porém em janeiro do ano passado esse número quase duplicou com 8.200 doses aplicadas durante a campanha.

Vacinação com doses fracionadas 

A vacinação fracionada contra a febre amarela terá início no dia 29 de janeiro em 54 municípios paulistas, porém São Carlos não está na lista. A campanha foi antecipada em uma semana e o Estado de São Paulo receberá 1 milhão de doses a mais.

Vão fazer a vacinação fracionada da febre amarela as cidades de Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Bertioga, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cubatão, Cunha, Diadema, Guaratinguetá, Guarujá, Igaratá, Ilhabela, Itanhaém, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Mauá, Mongaguá, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Peruíbe, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Praia Grande, Queluz, Redenção da Serra, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo André, Santos, São Bento do Sapucaí, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, São Paulo, São Sebastião, São Vicente, Silveiras, Taubaté, Tremembé e Ubatuba.

A alteração ocorreu após o Governo Estadual pedir a antecipação da campanha ao Ministério da Saúde. A campanha de vacinação também será encerrada com uma semana de antecedência, no dia 17 de fevereiro.

A meta é imunizar mais de 7 milhões de pessoas, sendo 2,5 milhões só na capital paulista. A dose fracionada tem 0,1 ml, enquanto que uma dose convencional tem 0,5 ml. A dose fracionada foi pensada para ampliar a imunização e aplicar a vacinação concentrada nas áreas de risco, nos bairros próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus da febre amarela. As seringas que serão usadas na campanha de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas já chegaram a São Paulo.

Casos 

Subiu para 21 o número de mortes por febre amarela silvestre no estado de São Paulo, segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado na última sexta-feira (12). Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Antes, 29 casos tinham sido confirmados. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.

Entre julho de 2016 e janeiro deste ano há registro de 2.491 primatas (macacos, bugios e outras espécies) mortos ou doentes. Desses, 617 animais estavam contaminados pela febre amarela. A comprovação foi feita por meio de análise laboratorial pelo Instituto Adolfo Lutz.

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