EDUCAÇÃO | Escola Municipal de Ibaté celebra Dia do Folclore

O Dia do Folclore é celebrado no dia 22 de agosto, mas durante toda a semana a Escola Municipal “Julio Benedicto Mendes”, em Ibaté, desenvolveu atividades com os alunos sobre o tema.

Quando se fala em folclore, imediatamente as pessoas se lembrar do Saci, Mula Sem Cabeça, Boitatá, Iara, Curupira e outros, mas não pode esquecer-se das brincadeiras, cantigas de roda, advinhas, trava-línguas, provérbios e tantos outros versinhos ou parlendas que fizeram parte da nossa infância e da nossa história.

Para o Diretor Alexandre Moraes Gaspar, os alunos conheceram e/ou tiveram a oportunidade de relembrar tudo isso de forma lúdica, com o resgate de algumas brincadeiras que os pais brincavam na infância, como peteca, barangandã, telefone sem fio, amarelinha, nunca três entre outras, e que não são mais praticadas pelos alunos fora do ambiente escolar, seja por falta de espaço, por causa das novas tecnologias entre outros fatores. “Os professores trabalharam sobre a origem e algumas curiosidades sobre o Folclore de forma interdisciplinar, ou seja, os professores de sala (PEB I) e o professor de Educação Física Christiano Anselmo de Oliveira desenvolveram atividades com o objetivo de tornar o aprendizado mais atrativo e proveitoso para os alunos”, ressaltou.

A coordenadora Rosangela Aparecida Silva da Cruz lembra que essas tradições resistem ao tempo, ultrapassam gerações e são preservadas até os dias de hoje. “Muitas manifestações folclóricas podem estar mais presentes e praticadas em determinadas regiões em detrimento de outras. Essas variações ocorrem de acordo com as influências, origens e costumes típicos locais”, destacou.

Segundo Gaspar é gratificante ver o resultado do trabalho realizado por toda equipe escolar. “Foi uma semana mágica, com lendas, histórias, “causos” entre outros. Vale destacar o empenho e dedicação da coordenadora Rosangela, de todos os professores e funcionários para oferecer atividades diferenciadas, tornando o aprendizado mais atrativo e cativante para os alunos. Além dos nossos docentes serem proativos, dedicados e empenhados em oferecer um ensino de qualidade, todos os funcionários têm um percentual de contribuição na construção do processo educativo. Eles têm atitudes que servem de exemplo positivo aos educandos, contribuindo assim para uma melhoria nas condições sócio-educativas dentro do ambiente escolar. Sem a participação e colaboração dos funcionários da limpeza, da secretaria, dos inspetores, das cozinheiras, das monitoras e da estagiária nada disso seria possível”, observou o diretor.

O prefeito José Luiz Parrella (PSDB) aproveitou a oportunidade para frisar sobre a importância dessas atividades serem desenvolvidas dentro do ambiente escolar. “É relevante realizarmos essa comemoração como reconhecimento e valorização do folclore brasileiro para que as crianças tomem conhecimento das histórias, mitos e lendas criadas no Brasil. Além da teoria, trabalhar essa cultura de forma lúdica é algo encantador. Parabéns a direção, coordenação, funcionários e professores da escola Julio Mendes”, enfatizou o chefe do Executivo.

Folclore

O Folclore é comumente entendido como um conjunto de práticas e saberes de determinado povo, transmitido de geração para geração. Essa definição está correta, mas quando observamos a história da origem do termo “folklore”, ela fica ainda mais precisa.

Folclore é uma palavra que deriva do termo inglês folklore, que une os radicais “folk”, que significa povo, e “lore”, que significa instrução, aprendizado e sabedoria. Nesse sentido, folclore pode ser entendido literalmente como sabedoria popular. Quem criou esse termo foi o arqueólogo William John Thoms, quando enviou uma carta ao periódico inglês Athenaeum, em 22 de agosto de 1846, na qual sugeria que todo o conjunto de tradições ou “antiguidades” populares poderia ser definido pela palavra “folklore”.

Folclore no Brasil

No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado em 1965 por meio de um Decreto Federal. Tal oficialização ocorreu em virtude da grande massa de estudos sobre cultura popular que já havia no país desde o século XIX. Entre os estudiosos desse tema, destacaram-se nomes como o de Mário de Andrade e de Câmara Cascudo.