GERAL | Estado de São Paulo bate recorde de acidentes com escorpiões

De acordo com registros do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo registrou em 2018 o maior número de casos de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos. Foram mais de 30 mil casos registrados, com 13 mortes confirmadas. Este ano, até o fim do mês de fevereiro, já foram registrados mais de 4 mil casos e duas mortes. Já no país, nos últimos cinco anos, o número de ataques de escorpiões teve um aumento de 80% – durante esse período, saltou de 78 mil casos para 141 mil casos.

O biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS), relata que o problema é comum nas regiões urbanas especialmente no verão. “Cerca de 40% das ocorrências registradas em todo o país são nesse período. Por isso, a atenção deve ser redobrada nessa época do ano”, reforça o Biólogo. Ele explica que os escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos e que nessa época do ano se proliferam, já que as condições climáticas são favoráveis para sua reprodução. “Eles invadem as casas atrás das baratas, mas acabam também buscando onde se alojar”, completa.

Segundo o especialista, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é justamente manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o Biólogo.

Se for picado, o Biólogo recomenda que procure um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ser levada para o local mais próximo que tiver”, avisa. Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclarece Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.

Deixe um comentário