SÃO CARLOS | Agentes de Endemias intensificam ações contra a Dengue
Cidade está com 1.648 casos positivos da doença
O sucesso do combate ao mosquito da Dengue, Aedes aegypti, depende da colaboração da população, os moradores devem permitir a entrada dos agentes de endemias e ficar atentos para cuidados simples dentro das casas como remover a água dos pratos das plantas, remover ou colocar os pneus em locais cobertos, limpar o quintal removendo materiais (inservíveis) que possam acumular água, limpar as calhas do telhado, lavar diariamente vasilhas dos animais de estimação e tratar a água das piscinas. São essas as orientações que os agentes da Prefeitura de São Carlos levam aos munícipes nas atividades realizadas durante toda a semana e intensificadas aos sábados.
De acordo com a Denise Scatolini, chefe da Seção de Apoio à Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade registra até o momento 7.676 notificações com 1.648 casos positivos de Dengue, sendo 1.520 autóctones e 128 importados. De Chikungunya são 71 notificações, 37 negativos, 34 ainda aguardando resultado. Zika foram 58 notificações, com 34 resultados negativos e 24 ainda aguardando resultado. De Febre Amarela 3 notificações, com 3 resultados negativos. O número de notificações é referente aos pacientes com suspeita da doença atendidos tanto na rede pública, como nos planos de saúde e rede particular.
“O município trabalha hoje com 84 agentes de endemias que realizam o bloqueio e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, além da aplicação de larvicida. No momento não realizamos nebulização porque está em falta o inseticida, conhecido com adulticida, usado no processo, produto esse enviado pelo Ministério da Saúde. Em dezembro o Ministério deve retormar a distribuição, mas também vai mudar os produtos”, esclarece Denise Scatolini.
Denise avalia que os números são altos devido ao inverno quente e seco, inclusive o Ministério da Saúde antecipou a campanha anual que geralmente começa no mês de novembro, período de maior incidência de chuva e calor em quase todo o país, portanto, aumentando o risco de circulação das doenças. “O objetivo é conscientizar toda a sociedade sobre a importância de se organizar antes da chegada do período chuvoso no combate e no surgimento de novos criadouros do mosquito. Reforço a necessidade de cada um tomar a iniciativa de proteger a sua residência contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da Dengue, Zika E Chikungunya. Reforço, ainda, a necessidade de receber os agentes de endemias, profissionais preparados para orientar os moradores e encaminhar os casos suspeitos”, finaliza a chefe da Seção de Apoio à Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde.
Levantamento realizado nos boletins de registro da atividade de bloqueio de criadouros, desencadeada em casos suspeitos e confirmados de Dengue, mostra que os principais criadouros encontrados são: prato de planta, vaso de planta, bebedouro de animal, depósito para horticultura, depósito não elevado, pneus, piscina fixa e móvel, lona, baldes, latas, frascos e plásticos em geral (inservíveis, ou seja, que devem ser jogados no lixo e não são, e aqueles utilizados pelo morador), material de construção e carriola.
A Vigilância Epidemiológica orienta para que as pessoas com qualquer sintoma da doença, como febre alta, associada à dor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e coceira, procurem inicialmente as unidades básicas ou de saúde da família mais próxima da sua residência.
Os moradores que tiverem alguma dúvida sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti podem entrar em contato com Vigilância Epidemiológica pelo telefone (16) 3307-7405.