POLÍTICA | Azuaite critica presidente e avalia que “saúde política do país está no intervalo entre PT e Bolsonaro”
Em pronunciamento na sessão plenária da Câmara Municipal na última quinta-feira (27), o vereador Azuaite Martins de França afirmou que “infelizmente hoje o Brasil é governado por um presidente da República despreparado e desqualificado para o cargo que ocupa”. Ele fez menção a atitudes do chefe de Governo que a seu ver “não sabe o que é uma nação, não sabe qual é a história dessa nação, a história de seu povo e não sabe prezar pelos valores maiores da Democracia”.
Depois de qualificar como “mesquinha, baixa e rasteira” a forma como o presidente da República se conduz no exercício do cargo, Azuaite ressalvou que “esse é o presidente que o povo escolheu, nós sempre defendemos a escolha direta de nossos presidentes e infelizmente o povo escolheu mal e o presidente que temos atenta contra a Democracia, a mesma Democracia que permitiu que ele, um deputado do baixo clero, chegasse à presidência da República”.
O vereador observou que o mandatário “é alguém que vive lambendo botas de militares pensando que os militares do presente são iguais aos militares do passado de 64 e os militares de hoje são outros, outra cabeça”. “Com algumas exceções como a do general Heleno que ainda vive no passado de mais de 50 anos”, acrescentou.
Fazendo alusão à atual crise com os demais poderes da República, Azuaite comentou que “o presidente da República atenta contra o equilíbrio dos poderes num Estado de Direito querendo fazer a supressão do parlamento e do judiciário brasileiros”.
“O nome que se dá àquele que enfeixa nas mãos a capacidade de poder do Executivo, do Legislativo e do Judiciário é ditador, e o produto que ele promove chama-se totalitarismo, e totalitaristas são regimes como os de Mussolini na Itália e de Hitler na Alemanha e tantos outros por aí”, declarou.
Azuaite disse ter orgulho de ser neto de um exilado político e de pertencer ao partido Cidadania. “Na história da evolução do Cidadania eu pertenci e me filio ao pensamento do Partido Comunista Brasileiro, eu não tenho vergonha disso; meu partido sempre prezou pela Democracia, pelo equilíbrio”.
O parlamentar ainda em sua fala acentuou que “a vida política deste país, a vida inteligente existe, sim, com muita força com muito vigor no intervalo entre os extremos de PT de um lado e Bolsonaro de outro”. “É nesse intervalo que eu me situo, é nesse que existem a vida e a saúde política deste país”, concluiu.