Rodrigão, descanse em paz, querido primo!

É com profunda tristeza que prestamos homenagem ao nosso amado primo Rodrigo da Silva Oliveira, o Iceberg (e ele vai entender porque). Corintiano doente!

Sua partida deixa um vazio imensurável em nossas vidas, mas suas memórias e o amor que compartilhamos permanecerão para sempre em nossos corações.

Quando ainda criança, lembro-me perfeitamente dos finais de semana em que íamos para a casa do Tio Dedé e da Tia Alice, na Colônia da Usina da Serra.

Talvez os mais novos não saibam ou não se lembrarão, mas bem na entrada da Usina da Serra, havia uma dezena de casas, que era dado o nome de Colônia. Lembro-me até do chão vermelhão, que deixava nossas meias brancas, toda vermelha!

E quando lá chegamos, nos encontrávamos com os primos Tiquinho, Felipe, Elton, Lucas, Ricardo (são os que tenho memória afetiva) e passávamos o domingo inteiro brincando. Vez enquanto, vinham os primos de São Paulo e a gente se juntava também.

Ali na entrada da usina, tinha (e ainda deve ter, faz tempo que não vou lá), um barranco gramado e a gente se divertia descendo de papelão.

O Rodrigão, e chamávamos por esse nome por causa da sua estatura, era o mais brincalhão, alegre e divertido de todos. Eu, com os vários problemas e cirurgias que enfrentei na minha infância, era um dos primos que ele tinha um cuidado especial, destoando do jeitão despirocado que ele tinha.

Além do papelão, a gente também ia na cachoeira, brincava de esconde-esconde, comia frutas no pé, enfim, coisa que hoje não se vive mais.

Vou confessar que o Rodrigão, de fato, só tinha tamanho, pois tinha um coração mais puro e amanteigado que já conheci. Aliás, morria de medo de vaca. Não chegava perto nem que a vaca tossisse.

E a gente vai crescendo e cada um segue o seu caminho. Família, filhos, responsabilidades, mas sempre tive contato e muito carinho pelo primo Rodrigão.

Formado em Arquitetura, vivia na sala da Engenharia da Prefeitura de Ibaté, local onde eu o vi pela última vez e ele mostrou-se bastante preocupado e sentido pela nossa perda, com cuidado especial pela minha mãe. Perdemos nosso pai, Paulo Pinesso dos Santos, em setembro de 2021.

“Estive lá na sua mãe! Vou lá direto! Gosto dela demais e fico lá conversando com ela! Rapaz, que coisa louca seu pai ter morrido né?”, comentou.

Ele era assim, preocupado com todos da família e com seus amigos. Lembro-me ainda quando o Fernando tinha o Bar do Gustão (que era do seu falecido pai) e a gente ia tomar uma cervejinha lá. Quantas gargalhadas a gente não dava por causa das brincadeiras e histórias que o primo Rodrigão contava. Foi ali que surgiu o apelido Ponta do Iceberg, mas não vou detalhar porque não se faz necessário. Depois disso, onde eu encontrava ele, “e aí, Iceberg!”. E ele lembrava e dava risada!

E pra mim é assim que sempre vou me lembrar do Rodrigão. Um cara divertido, alegre e sempre de bem com a vida, que passou por várias provações, especialmente, nestes últimos anos, mas que continuava firme e em pé, cuidando daqueles que sempre amou aqui na terra.

Rodrigão, que sua alma descanse em paz e que possamos encontrar conforto na certeza de que um dia nos encontraremos novamente.

Até lá, seu legado de bondade e alegria continuará a nos inspirar.

Descanse em paz, querido primo.