Ao TRE-SP, Raquel acusa Paranazinho de praticar violência política de gênero

Paraná Filho (PP), vereador de São Carlos, foi denunciado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), acusado de praticar violência política de gênero contra a também vereadora Raquel Auxiliadora (PT). Segundo apurado, as agressões teriam ocorrido nas últimas sessões da Câmara Municipal de São Carlos.

Raquel apresentou a queixa-crime na última quinta-feira (9). A Justiça Eleitoral ainda não se posicionou sobre o caso nos autos.

Na sessão do dia 07 de maio, Paranazinho disse que os parlamentares do PT na Casa eram “caras lavadas”, criticando a suposta falta de transparência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em relação à agenda da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Raquel Auxiliadora, por sua vez, acusa o vereador de ter lhe chamado de “cara de vaca”. Paranazinho diz que a vereadora apresenta um discurso “vitimista”. “Não chamei, em nenhum momento, essa senhora de cara de vaca. Jamais falaria. Chamei ela de cara lavada, que é o que ela, de fato, é e sustento aqui em qualquer lugar. Profundo respeito às vacas, jamais compararia ela com as vacas, jamais”, disse.

O advogado de Raquel solicita que o político seja julgado por violência política de gênero, delito que prevê pena de prisão de um a quatro anos e multa. No documento apresentado, a deputada menciona o caso do deputado estadual do Rio Rodrigo Amorim (União Brasil), que recebeu uma sentença de um ano e quatro meses de prisão e multa de 70 salários mínimos por ter ofendido uma vereadora de Niterói, chamando-a de “boizebu” e “aberração da natureza”.