Tundisi participa do 2º Simpósio de Pré-iniciação Científica IQSC/USP

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Com o objetivo de despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do ensino médio da Rede Pública, com participação em atividades de ensino e pesquisa científica ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado, em laboratórios e grupos de pesquisa da USP, via Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Ensino Médio (PIBIC-EM), o Instituto de Física de USP São Carlos realizou nesta quinta-feira (01/08), no Anfiteatro “Prof. Edson Rodrigues”, a abertura do 2º Simpósio de Pré-Iniciação Científica IQSC/USP, evento incluído no calendário do município por legislação municipal.

O secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Prof. Dr. José Galizia Tundisi, representou a Prefeitura de São Carlos na mesa de abertura que teve como tema “O impacto da Pré-Iniciação Científica para a Universidade, Escola e Sociedade”, juntamente com o Prof. Dr. Carlos Alberto Montanari, vice-diretor do Instituto de Química de São Carlos, a Profa. Camila de Oliveira Ianhez Bianco, Diretora da EE André Donatoni, a Profa. Fábia Monique de Souza Xavier, da EE João Batista Gasparin e a aluna Liliane Perin da EE Prof. Ludgero Braga.

Durante o Simpósio, os bolsistas apresentaram os resultados de suas pesquisas por meio de oficina coletiva e mesa redonda, com o fechamento das atividades do Projeto que tem como objetivo principal oportunizar aos estudantes vivenciar a experiência de participar de um evento científico e divulgar o trabalho desenvolvido ao longo da pesquisa científica, contribuindo para estreitamento da relação entre a universidade e a escola pública.

Os 49 estudantes da educação básica (ensino médio) recebem bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), coordenado pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, de R$ 300/mês, durante 12 meses. Nesta edição ,participaram alunos bolsistas das escolas estaduais André Donatoni, Ludgero Braga, Luiz Viviani Filho, Marivaldo Carlos Degan, Prof. João Batista Gasparin e do Instituto Federal de São Paulo – campus Araraquara.

A professora Ana Claudia Kasseboehmer, coordenadora do projeto pelo Instituto de Química da USP, ressaltou que o programa impacta em diferentes âmbitos, desde a comunidade escolar até a universidade, pelo fato dos professores universitários poderem ter contato com os alunos que poderão ser futuros cientistas. “Na educação básica, temos visto uma mudança nos alunos participantes que se encantam ao vivenciar o ambiente universitário, o que é a carreira de um cientista e isso desperta neles o interesse de estudar, fazer uma universidade pública e se tornar um cientista”.

A coordenadora do Programa de Pré-Iniciação Cientifica destaca, ainda, que com a nova abertura do Programa para receber alunos desde o 8º ano do ensino fundamental já começaram as tratativas com a Prefeitura de São Carlos. “Queremos viabilizar a entrada de novos alunos das escolas municipais com atividades voltadas para a carreira cientifica”.

José Galizia Tundisi, secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, ressalta que o panorama mundial da Educação mostra que a simples transferência de conhecimento já não é mais suficiente para que os alunos possam progredir do ponto de vista intelectual, porque tanto na vida quanto na ciência e no trabalho, o fundamental para as pessoas é aprender a encontrar soluções. “É necessário fazer com que os alunos pensem mais em soluções e em desenvolver projetos a partir do trabalho junto com os professores em grupos de pesquisas. Nós vamos formar pessoas diferenciadas dos pontos de vista de educação, de ciência e de cidadania. Nós precisamos mudar a educação, ela tem que ser dinâmica, flexível e amplamente interdisciplinar e precisamos trabalhar as mentes desde o início da vida escolar e com isso produzir novos cérebros privilegiados para mudar a economia do país”, salientou.

Debora Costa Blanco, dirigente Regional de Ensino, enfatiza que é muito importante o alinhamento entre a educação básica e as universidades. “As nossas escolas dão importância ao letramento científico, uma vez que estamos preparando os alunos para a universidade em condições de prosseguir no curso escolhido. Experiências como essa, de oportunidade de pré-iniciação científica com bolsa de incentivo para a manutenção do estudante dedicado aos estudos, é o futuro do Brasil, porque investir em conhecimento e pesquisa reflete benefícios na própria comunidade escolar ao criar uma cultura cientifica na escola”, finalizou.