A confiabilidade das urnas eletrônicas: um pilar da democracia brasileira

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Paulo Melo*

 

A confiança nas urnas eletrônicas tem sido um grande ponto de discussão, após as últimas eleições presidenciais no país. Desde a sua introdução no Brasil, em 1996, o sistema de votação eletrônica tem sido elogiado por sua agilidade e transparência, mas também enfrenta críticas e questionamentos.   

O principal argumento em defesa das urnas eletrônicas é sua segurança. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adota várias medidas de proteção, como a criptografia dos dados e a auditoria pública do sistema. Essas urnas não são conectadas à internet, o que elimina o risco de ataques cibernéticos. Apesar das críticas sobre a falta de um comprovante físico, auditorias independentes têm reiterado a confiabilidade do sistema.   

A transparência também é um ponto forte. O processo é aberto à fiscalização de todos os partidos, sociedade civil e imprensa, com testes públicos de segurança e registros digitais disponíveis para auditoria. Essa abertura é crucial para garantir a confiança do eleitor nos resultados.   

Vale lembrar que, antes das urnas eletrônicas, o processo eleitoral brasileiro era frequentemente marcado por fraudes e desconfiança. A introdução desse sistema eliminou grande parte desses problemas, assegurando que a vontade popular seja expressa de maneira rápida e segura. Questionar a segurança das urnas, sem evidências, pode minar a confiança nas instituições democráticas e prejudicar a estabilidade do país.   

O debate sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas é necessário, porém, deve ser baseado em fatos e argumentos técnicos. Com décadas de uso e resultados comprovados, as urnas eletrônicas continuam a ser um dos sistemas de votação mais seguros do mundo, fundamentais para garantir eleições justas e transparentes no Brasil. 

 

(*) O autor é jornalista [Mtb 87176/SP] e diretor geral do portal Região em Destake