
Após dois anos e meio de intensos tratamentos, o padre Carlos Alberto Giacone, 80 dias após um transplante de medula óssea, vive um momento de esperança e cautela em sua jornada contra a Síndrome Mielodisplásica, diagnosticada em dezembro de 2021 no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP).
A doença, que afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea, levou o sacerdote a iniciar transfusões regulares e, a partir de junho de 2022, sessões de quimioterapia em São Paulo, com encaminhamento da Unimed São Carlos para a Oncoclínicas.
Desligado de suas funções eclesiásticas em São Carlos, o padre passou a residir na capital paulista para um tratamento contínuo. “Foram anos de deserto interior e provas de fé”, relata Giacone, que agradece o apoio recebido de amigos, da Diocese, de médicos e de diversos profissionais de saúde.
O transplante foi realizado em 21 de janeiro de 2025, no Hospital Beneficência Portuguesa, a partir de um doador não aparentado. A alta médica veio após 35 dias de internação. Desde então, o religioso segue sob acompanhamento semanal e uso rigoroso de medicamentos. A fase de recuperação demanda isolamento e cuidados com o ambiente e a alimentação.
“Ainda há riscos, como a rejeição do enxerto e a possível reincidência da doença”, afirma o padre. Por precaução, está prevista para o segundo semestre uma nova infusão de células doadas e quimioterapia complementar.
Mesmo diante das incertezas, Giacone mantém a fé e a gratidão. “Uno-me aos doentes e ofereço tudo pela Igreja, pela paz mundial e pelas famílias em sofrimento. A cruz, com Jesus, se torna Cruz-Amor”, escreveu.
Ele espera estar totalmente recuperado até 2026, se assim for da vontade de Deus. Enquanto isso, vive como um “recém-nascido”, como define, na espera por uma nova fase, confiando-se ao “Coração Imaculado de nossa Mãe e Senhora das Dores”.