
A Prefeitura de São Carlos iniciou nesta terça-feira (15) uma nova fase no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. A principal novidade é o uso de drones, que além de monitorar, agora também aplicam larvicidas e pastilhas de cloro em áreas de difícil acesso.
A ação foi articulada a pedido do prefeito Netto Donatto e é coordenada pelo Departamento de Vigilância em Saúde. Segundo a diretora Denise Martins, os drones ajudam a identificar e tratar locais com potencial de proliferação do vetor. “As imagens georreferenciadas geram relatórios digitais e físicos, que orientam as ações nos pontos críticos”, explicou.
Os equipamentos são empregados para pulverizar larvicidas e lançar pastilhas de cloro em caixas d’água destampadas, piscinas abandonadas e terrenos com acúmulo de resíduos. O produto utilizado tem recomendação do Ministério da Saúde e, conforme reforça Denise, é seguro para humanos e animais.
A operação, que começou pela região do Cidade Aracy, também será expandida aos distritos de Água Vermelha e Santa Eudóxia. Ao todo, cinco drones estão em operação: dois destinados ao mapeamento e três à aplicação de tratamento. “Cada drone cobre até 5 mil metros quadrados por voo, e a previsão é de que o trabalho dure cerca de 90 dias”, informou o secretário adjunto de Saúde, Wander Bonelli.
O secretário municipal de Saúde, Leandro Pilha, ressaltou que a tecnologia é um reforço importante, mas o apoio da população segue indispensável. “Os agentes de endemias continuam visitando as residências, agora com tablets que integram as informações com os drones. Mas nenhuma medida terá eficácia sem a colaboração da comunidade”, destacou.
Até o momento, São Carlos já contabiliza 15.138 notificações de dengue. Destas, 10.786 foram confirmadas como casos autóctones. Outros 2.702 foram descartados e 1.650 seguem em investigação. Três mortes foram confirmadas, oito descartadas e outras dez estão sob análise.