
De acordo com o prefeito, o fechamento do lago foi considerado a solução mais viável do ponto de vista econômico e sanitário.
O aterramento do lago que contornava a Pirâmide da Mata do Alemão, em Ibaté, dividiu opiniões entre frequentadores e moradores da cidade. A obra, realizada pela gestão anterior, se tornou um dos principais marcos paisagísticos do município.
O lago compunha o cenário natural do espaço e sua eliminação foi considerada uma decisão questionável. O vereador Elizeu do Cruzado (PL) disse que “transformar um cartão-postal natural em terra batida é uma escolha discutível. A preservação com limpeza e manutenção adequadas seria uma solução mais equilibrada”, afirmou.
Nossa reportagem entrou em contato com o prefeito Ronaldo Venturi (PSD) para questionar o motivo da decisão de aterrar o lago. Ele afirmou que a medida foi tomada após avaliação técnica da situação estrutural do local. “Ao assumirmos a Prefeitura em 1º de janeiro, encontramos uma série de problemas, inclusive no entorno da pirâmide. O lago apresentava trincas e rachaduras, exigindo que um ponto de água ficasse constantemente ligado para manter o nível. Além disso, recebíamos muitas reclamações sobre sujeira, água parada e larvas”, afirmou.
De acordo com o prefeito, o fechamento do lago foi considerado a solução mais viável do ponto de vista econômico e sanitário. “Preservamos a saúde da população e evitamos que a estrutura da pirâmide sofresse danos maiores com infiltrações.”
Ronaldo também anunciou que a intervenção integra um pacote de obras voltadas à recuperação da área. “Haverá instalação de um reservatório de água, portas anti-pânico e outros equipamentos, necessários para obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), o que permitirá a retomada de eventos no local”. Ele também ressaltou que após o aterramento, o local vai receber calçamento com pisos intertravados.
A pirâmide da Mata do Alemão é cercada por vegetação nativa e trilhas e é considerada um dos principais pontos de lazer e contemplação de Ibaté.









