Bruno Zancheta*
Este artigo tem um caráter um tanto quanto nostálgico, mas nosso objetivo aqui não será reviver um passado que infelizmente não volta mais, mas sim reavivar momentos e atitudes que ocorriam e que hoje dificilmente as vemos. Ou seja, ações emanadas do que se entende ser o forte espírito natalino.
O Natal é comemorado em nosso país todos os anos no dia 25 de dezembro e representa para todos os cristãos, o nascimento de Jesus Cristo. As manifestações humanitárias e emocionais não deveria se dar só nesta época, mas o espirito de Natal reforça e reacende na maioria das pessoas, os sentimentos de generosidade e de solidariedade, e isso transborda em cada um, fisicamente por atos e fatos de materialidade, como a troca de presentes e pelas ações de caridade com quem necessita. No ambiente familiar verifica-se uma intensificação dos bons sentimentos com reuniões, amigos ocultos e principalmente com as deliciosas comidas bem temperadas com carinho!
Em um tempo não tão distante, famílias reunidas, casas decoradas, mesas fartas com os mais variados tipos de alimentos, altas risadas nos momentos de felicidade das confraternizações. Assim, as famílias são-carlenses reunidas, dividindo frustrações, seus projetos e seus sonhos e as realizações de todo aquele ano que passou. Felizmente essa prática cultural não se esgotou, agora com novas formações de núcleos familiares, com novas práticas sociais e maior influência da mídia e da tecnologia. Pode-se perceber ainda uma fortalecida vontade de se manter acesa essa chama de humanismo com os respectivos grupos familiares ao buscar na solidariedade e na reunião, as mais puras condições de celebração.
A dinâmica psicossocial de nossos dias tem desafiado nosso equilíbrio emocional, sem dúvida. Hoje, por diversos motivos, que vão desde a briga política de eleições passadas e opiniões antagônicas dos mais variados assuntos, que geraram discussões nos grupos da família, as distâncias de localidade em que nossos parentes residem, muitas vezes por força do local de trabalho a que são forçados a adotar, até as dificuldades de subsistência, com o absurdo preço dos alimentos e com as instabilidades políticas, econômicas e de segurança, vemos que as famílias têm se reunido cada vez menos e pior com menor ânimo! Esperamos mesmo que os laços fraternais não se percam e que se reacenda o verdadeiro espírito natalino no seio das famílias!
Apesar das mudanças necessárias e constantes que o mundo vive, diuturnamente, com novas tecnologias, inovações, globalização e a informatização, agressões ao meio ambiente, há que se resgatarem essas tradições, esse espírito de união que o Natal traz e que precisa ser revivido!
O Natal em família é momento de celebração pelo nascimento de Jesus Cristo, não podemos deixar um momento como este não venha a ser vivenciado com quem mais amamos: com nossa família e amigos. Natal é tempo de perdão, de alegria, de felicidade, de regozijar-se com todos aqueles que dividem a vida conosco.
A vida é passageira, efêmera, quando nos damos conta, talvez, não aproveitamos um momento por puro preciosismo e ficamos a mercê de um novo tempo para saber, oxalá, se teremos outra oportunidade novamente. Chegou o momento de sermos protagonistas de nossas vidas, com atitudes e manifestação dos valores que nos guiam. Já parou para pensar o quão bacana seria todas as pessoas que vocês ama reunidas? Pode parecer utópico, mas depende de VOCÊ, de nós!
Reavivar o espírito natalino significa “fazer o bem”, estar bem e toda positividade que o momento nos proporciona. É hora de festejar, em nós, o nascimento do verdadeiro “aniversariante”: Jesus Cristo!
(*) O autor é Cientista Político, Cientista Social e Antropólogo pela UFSCar -Universidade Federal de São Carlos. Graduando em História pela UNIP -Universidade Paulista, Assessor Parlamentar e apaixonado pela vida. É colunista dos sites: São Carlos Agora, Sucesso São Carlos, Região em Destake, São Carlos Dia e Noite e da Revista Ponto Jovem. Idealizador e Coordenador da Ação Social “Unidos Somos Fortes”.
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