O 15 de outubro, Dia do Professor, não deve ser apenas uma data no calendário. É um lembrete do papel fundamental de quem dedica a vida a ensinar, inspirar e transformar realidades. Em cada sala de aula, o professor é o alicerce invisível do futuro — aquele que desperta curiosidade, forma cidadãos e constrói pontes entre o conhecimento e a esperança. No entanto, a distância entre o discurso de valorização e a realidade vivida por esses profissionais continua alarmante.
No Brasil, o professor enfrenta desafios que vão muito além do giz e do quadro: baixos salários, infraestrutura precária, turmas superlotadas e a crescente desvalorização social da carreira. É uma contradição dolorosa — o país que diz valorizar a educação ainda não aprendeu a valorizar quem ensina. Celebrar o Dia do Professor com flores e homenagens é bonito, mas insuficiente. O verdadeiro reconhecimento virá quando o magistério for tratado como prioridade de Estado, com políticas sólidas de formação, remuneração e respeito.
Ensinar nunca foi tarefa fácil. Requer paciência, empatia e, sobretudo, vocação. É o professor quem transforma o “não sei” em “eu posso aprender”. É ele quem acredita no potencial de cada aluno, mesmo quando o próprio estudante duvida de si. Em tempos de desinformação, intolerância e superficialidade, o papel do educador se torna ainda mais essencial — é ele quem ensina a pensar, a questionar e a construir opiniões com base em conhecimento e ética.
Neste 15 de outubro, mais do que parabéns, o professor precisa de compromisso. Compromisso da sociedade, dos gestores públicos e de todos nós. Porque investir em professores é investir no futuro. E um país que não reconhece o valor de seus mestres condena-se à repetência eterna — não nas provas, mas no próprio desenvolvimento.
(*) O autor é jornalista [Mtb 87176/SP] e diretor geral do portal Região em Destake

















