
Durante o anúncio de prorrogação da quarentena até o dia 22 de abril, em todo o território paulista, o governador João Doria (PSDB) afirmou que as pessoas que desrespeitarem a quarentena e fizerem aglomerações nas ruas do estado serão advertidas e orientadas, mas que se insistirem poderão ser presas pela Polícia Militar.
Doria ressaltou que a Polícia Militar de São Paulo está autorizada a agir para evitar aglomerações nas ruas, primeiro com advertência e orientação, e depois com medidas coercitivas com penas previstas em lei, inclusive prisão.
Outro ponto previsto no decreto estadual é que se o prefeito não fiscalizar as determinações do decreto de quarentena, a população pode acionar a Polícia Militar, através do 190, e fazer a sua denúncia.
O portal Região em Destake entrou em contato com o comandante da 1ª Cia do 38º Batalhão de Polícia Militar de São Carlos, capitão Renato Gonzalez, para saber se o policiamento recebeu alguma orientação nesse sentido.
Segundo contou, cabe sim a PM fiscalizar e que o não cumprimento configura crime do Artigo 268. “Quando vamos até ao comércio de produtos não essenciais, ou não autorizados para funcionar, e o proprietário acata a determinação, fazemos o boletim de ocorrência e encaminhamos para a Polícia Civil instaurar o inquérito”, explicou.
O capitão ressaltou que em caso de desobediência, o infrator pode ser encaminhado para a delegacia. “Quando há a recusa em fechar, além da desobediência, ele será encaminhado à delegacia em flagrante pelo Artigo 268, do Código Penal”, afirmou.
O artigo 268 dispõe sobre o crime de infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa e prevê detenção de um mês a um ano, e multa. A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.
Doria disse que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, General Campos, já recebeu a autorização para a Polícia Militar e que tem “convicção” de que as pessoas seguirão a orientação.
“Em São Carlos temos feito operação todos os dias em conjunto com os órgãos da Prefeitura. Atendemos muitas ocorrências, porém, com o efetivo específico para isso, para não prejudicar o restante das demandas”, finalizou o capitão Gonzalez.
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