
Com a intensificação do frio no interior paulista, a Prefeitura de São Carlos ampliou as ações de apoio a pessoas em situação de rua. Em junho, foram realizados mais de mil atendimentos, beneficiando 143 pessoas, muitas delas atendidas em mais de uma ocasião.
As abordagens são feitas por equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), vinculado ao Centro Pop, que atuam de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. O trabalho conta ainda com o reforço da Cáritas Diocesana, que atua de segunda a sábado, das 8h à meia-noite, estendendo o serviço nas madrugadas mais frias.
A rede de acolhimento do município inclui duas casas de passagem — uma masculina, com 50 vagas, e outra feminina, com capacidade para 30 pessoas. No mês passado, a casa masculina registrou 925 pernoites; a feminina, 399. No mesmo período, foram realizadas cerca de 500 abordagens.
“Nosso objetivo é garantir os direitos dessa população, mas sem impor o acolhimento. A decisão de permanecer no local onde estão é respeitada, embora os serviços continuem sendo oferecidos”, afirma Gisele Santucci, secretária de Desenvolvimento Social e Cidadania.
Nos dias mais frios, quem recusa o acolhimento recebe cobertores e bebidas quentes durante a noite. As equipes elaboram um plano individualizado para cada pessoa, com ações que incluem a regularização de documentos, encaminhamento a serviços públicos e apoio psicossocial.
O Centro Pop, na rua São Joaquim, no centro da cidade, é a principal referência para os atendidos. O local oferece alimentação, instalações para higiene, lavanderia e oficinas, como alfabetização, costura, inclusão digital e atividades culturais e artísticas.
O espaço também presta auxílio com currículos, emissão de boletins de ocorrência, solicitação de passagens intermunicipais (com garantia de acolhimento no destino) e informações sobre benefícios sociais.
As casas de passagem funcionam com horário fixo: a chegada ocorre por volta das 16h30, seguida por banho, jantar, pernoite e café da manhã. “Alguns recusam o abrigo por dificuldades de adaptação às regras, uso de drogas ou medo de perder seus pertences. Mesmo assim, manter essas ações é fundamental para proteger os mais vulneráveis”, diz Gisele.
Neste ano, a Prefeitura também promoveu, em parceria com a Paróquia São Francisco de Assis, um acolhimento emergencial no Ginásio do Pacaembu. Com 50 vagas, a ação incluiu kits de higiene, troca de roupa, colchão e alimentação para os abrigados.
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