
A reportagem do portal Região em Destake sobre o garotinho Enzo Menzani, de seis anos, publicada ontem (6), despertou curiosidade em muita gente.
A nossa redação recebeu diversas mensagens questionando sobre como é realizada a doação de medula óssea.
Buscando ser bastante sucinto e apresentar uma linguagem que nossos leitores possam entender, nossa equipe entrou em contato com o REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea), criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante e desde 1998, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no Rio de Janeiro.
De acordo com a informação, a doação de medula óssea é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas.
A medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções e o procedimento leva em torno de 90 minutos, sendo que nos primeiros três dias, após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.
O REDOME esclarece que. normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana após a doação. A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
Há outro método de doação chamado coleta por aférese. Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes para o transplante de medula óssea) circulantes no seu sangue.
Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia.
A decisão sobre o método de doação mais adequado é exclusiva dos médicos assistentes, tanto do paciente quanto do doador, e será avaliada em cada caso.
Com mais de 4.000 milhões de doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 300 mil novos doadores no cadastro do REDOME. O registro americano conta com quase 7,9 milhões e o alemão, com cerca de 6,2 milhões. Ambos foram desenvolvidos e são mantidos com recursos primordialmente privados.
Enzo Menzani precisa de um doador para transplante de medula óssea. A família marcou para o dia 6 de abril, das 9h às 15h, no Salão Roda Viva, uma campanha de cadastro de possíveis doadores de medula.

“No dia da campanha só colhe o sangue para fazer o teste. Se encontrarmos uma pessoa compatível, aí sim se colhe a medula”, explicou Rita Peruchi, uma das voluntárias que ajuda Enzo.
estarei lá com certeza,e se puder ajudar contem comigo!!!