SÃO CARLOS | Alunos da Attilia Prado apresentam propostas para recuperação de áreas públicas do Santa Felícia

 

Desde 1998, os alunos da E.E “Attilia Prado Margarido”, localizada no bairro Santa Felícia participam do Projeto “Coração Verde”. Além da educação ambiental a iniciativa visa sensibilizar a população sobre as atitudes de preservação do meio ambiente, e proporcionar o ​desenvolvimento do exercício da cidadania.

Na manhã desta sexta-feira (25), os alunos sob coordenação da professora Luzdivina Rodrigues Cazuzo, convidaram a Prefeitura de São Carlos para conhecer o projeto, apresentar propostas e reivindicar intervenções do poder público em duas áreas públicas localizadas próximas à escola: o Bosque Santa Fé (localizado no cruzamento das ruas Francisco Possa com Francisco Lopes) e uma área localizada na rua Sebastião Sampaio Osório entre as ruas Domingos Diegues e Luiz Procópio de Araújo Ferraz ao lado da UBS do Santa Felícia.

Os secretários municipais Mariel Olmo (Serviços Públicos) e Walcinyr Bragatto (Trabalho, Emprego e Renda) representaram a Prefeitura e conversaram com os alunos em sala de aula. Os alunos fizeram perguntas sobre temas gerais aos secretários, mas também quiseram saber como funcionam os serviços de tapa-buraco, recapeamento, combate as enchentes, captação de recursos para a realização de obras, quais programas estão em andamento e como será feita a recuperação das vias públicas da cidade. Os alunos também convidaram os secretários para conhecer as áreas públicas do bairro.

Durante visita a área pública da rua Sebastião Sampaio Osório os alunos mostraram os brinquedos quebrados e o mato alto. Pediram a limpeza, recuperação dos brinquedos e instalação de bancos.

A visita pelo bairro Santa Felícia seguiu até o Bosque Santa Fé. Lá os alunos mostraram que o lugar que foi idealizado para ser exemplo de preservação ambiental e está sem conservação, cheio de entulhos, madeira, sofás, e um agravante, com soterramento de galerias pluviais e de esgoto, comprometendo a nascente do córrego Santa Fé.

A professora Luzdivina Cazuzo lembra que o projeto sempre teve duas frentes: a manutenção das áreas verdes, limpeza e conservação dentro da unidade escolar e o trabalho com a comunidade, para identificar o que a escola pode ajudar. O projeto teve início com a recuperação da nascente do bairro que estava deteriorada em parceria com a Prefeitura e a USP. “Entretanto de uns quatro anos para cá a área voltou a ficar deteriorada e ficou pior do que era antes. Decidimos pedir ajuda a Prefeitura porque agora é muito grande o problema, para começarmos a recuperar novamente a área”, disse a professora Luzdivina.

“O fato de uma autoridade ir para a escola é importante até para o aluno se sentir valorizado. Gostei quando os secretários comentaram que escola está bonita. Isso é um ganho enorme para os alunos que fizeram o trabalho. A Prefeitura vai entrar com a limpeza e recuperação e nós vamos fazer a educação ambiental dos moradores do bairro para preservar o bosque”, completou Luzdivina.

O secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, explicou que a Prefeitura vai providenciar imediatamente a limpeza do local, com o corte do mato, retirada dos entulhos e recuperação da calçada. “Nós vamos nos reunir com outras secretarias para atender a solicitação da escola e chamar também a Coordenadoria do Meio Ambiente, além do SAAE para fazermos a manutenção do local”, disse Mariel.

Já o secretário de Trabalho, Emprego, e Renda disse que os alunos apresentaram propostas que podem contribuir com várias secretarias. “A mobilização da direção da escola com professores e alunos é um trabalho de cidadania muito importante, porque os alunos realizam mutirões de manutenção nos parques, praças, do bosque, é um trabalho de conscientização junto à comunidade. A escola solicitou a participação da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda para que os alunos possam conhecer o Programa Time do Emprego”.

“Os alunos maiores de 16 anos poderão conhecer e se inscrever no programa com a proposta de preparar outras pessoas para se apresentarem bem diante do empregador, fazer uma boa entrevista, encontrar suas melhores habilidades. São jovens que ainda não tem vivência no mercado de trabalho e nós podemos levar para eles essa condição, mostrando as exigências do mercado, preparando melhor essa juventude que está estudando, se formando para exercer uma profissão”, destacou Bragatto.

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