A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) anunciou a abertura de uma Investigação Preliminar Sumária para apurar atos racistas registrados no campus de São Carlos. As denúncias dizem respeito a pichações racistas encontradas no banheiro do prédio Aulas Teóricas 8 (AT8).
Em nota oficial, a Reitoria da UFSCar classificou os episódios como inadmissíveis e reafirmou o compromisso da instituição em combater o racismo e todas as formas de discriminação. Segundo a universidade, após a conclusão do processo investigativo, serão tomadas as providências administrativas cabíveis.
A Reitoria destacou ainda que a UFSCar tem trabalhado em diversas frentes para enfrentar situações de violência. Desde 2023, a instituição conta com uma Política Institucional para a Prevenção, Redução e Mitigação de Danos da Violência. Além disso, em 2024, foi aprovada a Resolução ConsUni Nº 9, que estabelece os procedimentos a serem seguidos em casos de violência étnico-racial.
Outra medida importante foi o fortalecimento da unidade de correição, com a criação da Coordenadoria de Gestão e Mediação de Condutas (CoGMeC). A universidade também tem investido em campanhas educativas e intensificado as ações de sua Ouvidoria, que recebe e investiga denúncias de racismo e outras formas de discriminação.
Apesar dos esforços internos, a UFSCar ressaltou que não possui atribuição policial para investigações mais amplas, o que pode limitar a apuração de casos. No entanto, a instituição informou que, sempre que necessário, encaminha denúncias a órgãos externos competentes, como a Polícia Federal, e encoraja que essas denúncias também sejam feitas diretamente às autoridades.
Para a UFSCar, o combate ao racismo é um compromisso diário e deve ser um esforço coletivo de toda a sociedade. A instituição reafirmou seu papel na formação de cidadãos conscientes e empenhados em construir uma sociedade mais justa e antirracista.