LEVANTAMENTO | Região Central tem queda de 30% no número de mortes entre junho deste ano comparado com 2016
De acordo com o Infosiga SP, mais da metade das fatalidades no Estado acontecem entre 18h e 6h; primeiro semestre tem redução no número de óbitos
Balanço do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, programa do Governo de São Paulo que visa reduzir pela metade o número de óbitos no Estado até 2020, mostra que houve queda de 30% no número de vítimas fatais em acidentes de trânsito na Região Central levando-se em conta junho com o mesmo mês do ano anterior. Foram 20 óbitos em 2016 ante 14 neste ano. Araraquara teve queda de 80% (de 5 para 1); São Carlos, pequena alta (de 2 para 3) e demais municípios, queda de 23% (de 13 para 10).
A maior parte dos acidentes fatais de trânsito no Estado acontece nos períodos da noite e madrugada. Colisões e atropelamentos são as ocorrências mais comuns. Segundo os dados registrados pelo Infosiga SP, no primeiro semestre deste ano 1.480 pessoas foram vítimas de acidentes de trânsito, entre 18h e 06h, o que equivale a 53,8% do total (2.753). Colisões entre veículos correspondem a 38,1% dos acidentes, enquanto os atropelamentos somam 31,6%. Choque contra objetos fixos equivalem a 13,8% dos casos e outros tipos de acidente somam 16,5%.
“Comportamentos de risco, como beber e dirigir e excesso de velocidade, são acentuados nesse período. A menor iluminação dificulta a visibilidade, por isso é importante que condutores e pedestres redobrem a atenção à noite”, explica a coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, Silvia Lisboa.
Redução de acidentes
O Infosiga SP também traz estatísticas sobre acidentes e óbitos no primeiro semestre. Foram registradas 2.753 fatalidades em todo Estado, redução de 3,8% e 108 vítimas a menos na comparação com 2016 (2.861). Em junho, foram 487 vítimas fatais, aumento de 5,2%. No mesmo período do ano passado, foram 463 vítimas fatais.
Já para os acidentes com vítimas, que incluem também ocorrências sem fatalidades, houve redução de 5,2% no semestre, com 4.934 casos a menos (89.273 em 2017 e 94.207 em 2016). Em junho foram 15.897 ocorrências, com redução de 1%.
Motos e pedestres
Os dados do Infosiga SP do primeiro semestre mostram ainda que acidentes com motocicletas e atropelamentos seguem como principais causadores de óbito no trânsito de São Paulo. Um terço das vítimas (33,5%) eram motociclistas, seguidos por pedestres (28,4%) e condutores e passageiros de automóveis (22,9%). Já os ciclistas correspondem a 6,2% das ocorrências.
Finais de semana
Os dados também apontam para concentração de acidentes nos finais de semana. Ocorrências no sábado e no domingo somam 34,1%.
INFOMAPA SP
Além da ferramenta INFOSIGA-SP, o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito também disponibiliza o sistema pioneiro de georreferenciamento INFOMAPA-SP. Por meio dessas ferramentas é possível, não só quantificar os óbitos dos 645 municípios paulistas, como também mapear os locais onde ocorreram essas mortes. As ferramentas podem ser acessadas pelo site www.infosiga.sp.gov.br e são atualizadas todo dia 19 de cada mês, ou dia útil subsequente.
Para mais informações sobre as metodologias do INFOSIGA-SP e INFOMAPA-SP, acesse a nota técnica no site http://www.infosiga.sp.gov.br.
Sobre o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito
Programa do Governo do Estado de São Paulo, tem como principal objetivo reduzir pela metade os óbitos no trânsito no Estado até 2020. Inspirado na “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o período de 2011 a 2020, o comitê gestor do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito é coordenado pela Secretaria de Governo e composto por mais nove secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Direitos da Pessoa com Deficiência, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. As secretarias são responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no Estado.
O Movimento Paulista de Segurança no Trânsito envolve também a sociedade civil com o apoio de empresas – Abraciclo, Ambev, Arteris, Banco Itaú, CNseg, Pro Simulador e Raízen – e do Centro de Liderança Pública (CLP).